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Mostrando postagens de setembro, 2011

SATISFAÇÃO

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O fresquinho da brisa A fragrância das flores O canto dos pássaros A graça dos animais As ondulantes colinas Os majestosos penhascos Os rios caudalosos e os riachos lentos Luxuriantes campinas e densas florestas O reluzir da neve ao sol O tilintar da chuva sob o telhado O cricrilar dum grilo no sótão O coaxar de uma rã no charco d’agua E o saltitar dum peixe que provoca ondinhas circular na água sob o luar.... Ainda mais o prazer de uma boa companhia... Fomos feitos como criatura social Com necessidade de pertencer a alguém Um pensamento bondoso Um toque que revela simpatia Um gesto brando, um caloroso sorriso Uma ação amorosa, o sorriso de uma criança brincando O sorriso de um bebezinho em seu berço A dignidade e a sabedoria duma pessoa idosa, rica em experiência de vida Estas são as coisas que satisfazem Márcia Lailin

AMOR

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                           O amor é a única resposta sã e satisfatória para o problema da existência humana A derradeira e real necessidade de todo ser humano.  Trata-se de uma necessidade vital.  Sem amor perdemos a vontade de viver...  Uma dose de amor próprio é uma característica normal de toda pessoa saudável.  Ter a devida consideração para com si próprio é indispensável a toda tarefa e consecução.  Se formos duros demais e críticos demais de nossa conduta,  o nosso sentimento de culpa pode diminuir a vontade de viver,  em casos extremos, causar real autodestruição MLailin

ROCKnrou e Amou

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                                                                                 Sentados a uma pequena mesa toda a sua consciência estava focalizada no palco Quem iria acreditar? Tinha esquecido a máquina Ninguém ficaria abestalhado a não ser ela Ele viu nos olhos dela um brilho Um brilho diferente Diferente das fotos Onde transparecia uma moça brava Queria dar a ela uma noite maravilhosa Repetiu isso por duas vezes Estava em sua casa A sua praia O seu mundo A noite do rock A revolução na sua vida começou com Led Zeppelin Estava no sangue Esse modo de mexer Esse balanço Essa alegria Era ele... As batidas   rock se misturando com as batidas do coração Pedia: Vamos lá na frente dançar... Não, não foi... Amanheceu... Ainda de pijamas dançaram Não um rock, mas um bolero Sentiu o corpo caindo para trás no travesseiro O som da música vibrava em seus ouvidos Com o braço cobriu os olhos Fechou os olhos e entregou-se Ouvia outros sons

INFÂNCIA

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                                                                      POR VÁRIAS VEZES OS MEUS PÉS E MEUS JOELHOS FORAM ESFOLADOS E as unhas arrancadas Aprendi a andar de bicicleta descendo uma ladeira íngreme Amava a chuva Era meu banho predileto Comia aquelas formigas de bundão torradas e com sal Passava as tarde brincando de amarelinha Jogando bolinha de gude com os meninos Pegava carona no trem de carga que passava no fundo da minha casa Até ele tomar velocidade e ai pulava do vagão Dava minhas fugidas e ia brincar no porto de areia Rolando da montanha mais alta Gostava de olhar as nuvens passando no céu lentamente Imaginava para onde iam Parecia um tempo infinito Mal sabia que o pesadelo estava a caminho Marcia Lailin  

TÉDIO

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Tédio A janela aberta, dia nublado livros caídos no chão Rosto desanimado Primavera, o mudar da estação O café A filha O tédio A encheção A mesma música Tocando sem parar Entender, entender, entender... Começar de novo Escrever, escrever, escrever... E não poder falar Um palavrão Ser amável Obrigada! Lailin

"A FALTA QUE ELA ME FAZ' (Jezinha)

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Não encontro a única foto de nós duas Tirada no SESC Paulista, décimo quinto andar Uma tarde e um lindo céu azul... Sentamos no muro próximo as flores e conversamos sobre cores Você me ensinava o que usar com o meu tom de pele Depois contou sobre sua vida Sua infância e adolescência em Joinville Foi o inicio de nossa amizade Depois toda semana marcávamos um encontro na Brigadeiro esquina com Manoel da Nóbrega Observava de longe você atravessando a rua vinda da Alfredo Lellis Tão bonita Quando meu pai morreu você me levou para sua casa me deu seu quarto de hóspede e fez do seu lindo apartamento a minha casa Eu nunca te falei sobre aquele mês Mês de agosto Mês do meu desgosto Você me abraçou, mas eu não chorei Não chorei porque não vi meu pai dentro de um caixão rodeado de flores amarelas Naquele mesmo ano em dezembro foi a vez de você perder o seu pai Arrumou rapidamente as malas e foi para o sul Não foi possível te abraçar e nem chorar com você Meses depois voltou Voltou diferente

SONHO

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Desperto em outra existência Sonho Crio estórias que nunca aconteceram Vejo as mais belas cenas E me sinto   feliz Desloco-me para longe Estou em dois lugares ao mesmo tempo Reuno duas pessoas em uma Ou a faço transformar-se em outra Sou a autora O sonho é meu invento o enredo Onde o tempo   o espaço E as atividades do meu corpo Não tem poder algum (Márcia Lailin)

Portão 7

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Acompanho você com o olhar Acabou de entrar pelo portão sete Tem o semblante cansado, sigo-o com olhar De repente some Sento para escrever isto Só para você saber que penso em você Do meu lado no outro banco tem Uma mãe amamentando um bebê É agosto de 2011 Agosto do meu desgosto Tomara que você não demore A noite passada foi uma linda noite Conversamos bastante Contamos um pouco de nós dois Depois exaustos nos calamos Você foi sumindo vagarosamente pelo chão da sala Como sombras da noite se misturando com a claridade da tela Até amanhã! (Márcia Lalin)

A linguagem esquecida

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Há um ano ele deixou os livros na portaria do prédio No pacote um bilhete com um nome e um número: 12 Há um ano analiso essa letra Quem é? Nunca me canso de refletir Era dia 28.08 Dia em que nasci Como seria ele? A mesma coisa: Nasceu Casou Pessoa famosa Grande biólogo marinho? E por ai afora Ou talvez ele prefira Que fale sobre suas qualidades pessoais A sua generosidade O seu bom coração A sua extraordinária Tranquilidade de espirito. (Mlailin) “Sombra da minha sombra, doce e calma Sou a quimera da tua alma E, sem viver ando a viver contigo... Deixa-me andar assim no teu caminho Por toda a vida, amor, devagarinho...”   (Florbela Espanca)

APOJATURA

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Para Kieslowski Manhã fria, final de inverno. Não vou fazer um discurso politico Quero dedicar-lhe o voo dos pássaros Cujas penas refletem todas as cores do arco-íris Uma pequena multidão de pequenas criaturas emplumadas Seus trinados, apojaturas, silvos e tons aflautados Proclamam uma alegre saudação ao novo dia. Vou erguer minha visão sobre as flores silvestres, Tocar as suas pétalas macias e delicadas Embelezar o cenário, Acrescentando uma dimensão impar a alegria de viver. Ela também merece o sussurro secreto de uma coisa contorcida, Inodora, emaranhada e linda. O combustível para afugentar o frio do inverno, Dar sombra para aliviar o calor do verão, Balsamo para as feridas e até claridade para A escuridão da noite. E essa faixa que cobre o seu corpo Ata-se ao som de uma música e o ruído São dois meninos diferentes – um deleitoso e outro horroroso Uma corda de violino Uma pele de tambor, A palheta de uma flauta Uma emoção parecida a uma corrente ascendente transportando uma av